As sessões regulares de modelo vivo são uma oportunidade de praticar a tradição do desenho do corpo humano a partir da observação direta, 
com diferentes tempos de pose e liberdade no uso de materiais e técnicas, promovendo tanto o estudo técnico quanto a expressão pessoal.
Ao longo dos séculos, esta prática tem sido fundamental para artistas, seja como atividade independente ou como base para a criação de 
obras complexas, como pinturas e esculturas. Com vestígios que datam da grécia antiga e prolonggam-se até a civilização romana, 
essa prática foi interrompida durante a Idade Média, sendo retomada com força no Renascimento, diversos artistas como Da Vinci, 
D(u)rer e Michelangelo consolidaram o desenho de modelo vivo como um dos pilares do desenvolvimento  artístico. 
A prática do desenho de modelo vivo se manteve central em diversas academias ao longo da história, como nas Academias de São Lucas, 
em Roma, e no sistema acadêmico francês. Com o tempo, especialmente  partir do século XIX, ela evoluiu de uma abordagem mais rígida e 
formal para formas mais livres e expressivas, refletindo as mudanças nas formas de pensar a arte. Ainda hoje, em escolas e ateliês ao 
redor do mundo, as sessões de modelo vivo continuam a ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento técnico e perceptivo dos artistas, 
permitindo um entendimento profundo da anatomia, das proporções e da interação entre luz e sombra no corpo humano.